sexta-feira, 25 de março de 2011

doenças causadas pelo alcoolismo


   O consumo do álcool tem aumentado nas últimas décadas não só em Portugal, como nos outros países da CE. No relatório da World Drink Trends ( WDT ) de 1999 Portugal ocupa o segundo lugar com o consumo anual de 11,2 litros de álcool puro per capita, depois do Luxemburgo que sendo considerado um porto franco não é comparável aos restantes países. 


O termo alcoólico, ou dependente do álcool, usa-se para designar o consumidor que prejudica a sua saúde e o bem estar da sua família.
Poderá haver algum contributo genético que facilite a dependência do álcool mas, os factores culturais são sem dúvida os mais importantes. Os problemas do álcool são raros entre os muçulmanos e judeus e muito frequentes nos países com grande produção de álcool e onde o acesso ao consumo de álcool é fácil: Portugal, Itália, França... Até hoje não foi identificado qualquer tipo de personalidade que predisponha ao alcoolismo. A maioria dos alcoólicos não têm nenhuma doença psiquiátrica embora, algumas pessoas, se tornem alcoólicas para aliviar os sintomas desagradáveis da ansiedade, da depressão ou da esquizofrenia.      

Bebidas alcoólicas são aquelas que contêm, na sua composição, álcool etílico que, pode derivar da fermentação, como acontece no vinho na cerveja, ou da destilação, como acontece no whisky, gim, licores e no vodka.
 A quantidade de álcool presente numa bebida é determinante para o grau de álcool no sangue. Uma Cerveja tem uma graduação de 5º, meia garrafa de vinho tem 11º e um whisky 40º. Isso poderá corresponder mais ou menos a 7, 35 e 15 gramas de álcool no sangue, pois apesar da maior graduação, a quantidade ingerida também vai influir na quantidade de álcool presente no sangue.
    

Considera-se aceitável o consumo de 16 - 20 gramas de álcool por dia.

    Após ser ingerido, o álcool, é absorvido no intestino e entra na corrente sanguínea. A absorção dá-se 5 a 15 minutos depois  da ingestão se não há alimentos no estômago e 30 a 60 minutos depois da ingestão se for ingerido durante a refeição. Uma vez na corrente sanguínea o álcool passa pelo fígado onde é metabolizado. O fígado é capaz de destruir 24 gramas de álcool por dia. O álcool não metabolizado pode por mecanismos variados, afectar alguns órgão do corpo humano. Essa agressão irá depender de vários factores:

1 - da quantidade ingerida;
2 - do teor alcoólico da bebida;
3 - da facilidade de absorção (se é ingerido em jejum, o teor de álcool no sangue é um terço mais elevado);
4 - da velocidade com que se dá absorção
5 - da pessoa (cada organismo reage de maneira diferente ao álcool. É difícil estabelecer limites certos para a quantidade que pode ser prejudicial).
Os preconceitos, as ideias falsas relacionados com o tipo de bebida, com o processo de fabrico, com o acto de beber, com os alimentos acompanhantes, com as misturas realizadas, e sobre as possíveis influências que tudo isso possa ter no grau de alcoolémia são inúmeras e difíceis de combater.

Das várias alterações causadas pelo álcool no organismo que a figura realça


vamos apenas referir-nos às afecções que o álcool directa ou indirectamente causa, no Aparelho Digestivo:
No esófago:    - Síndrome de Mallory-Weiss: é uma rasgadura na transição entre o esófago e o estômago, que pode ser causa de hemorragia. É causada pelo esforço do vómito, por vezes, mas nem sempre, associado à ingestão de álcool. 
    - Cancro de esófago: A causa do cancro do esófago é desconhecida mas há uma incidência maior de cancro do esófago, nos alcoólicos.
    - Varizes esofágicas: a cirrose do fígado forma uma barragem ao sangue que vem dos intestinos pela  veia porta para, através do  fígado, atingir a veia cava inferior e o coração. Para vencer esse obstáculo, essa barragem, forma-se uma circulação colateral ( bypass ) do sangue pelas veias do esófago e do estômago. O aumento da tensão do sangue nessas veias forma varizes no estômago e, sobretudo no esófago. Essas varizes podem romper e ser causa de hemorragia.
No estômago:   - Gastrite aguda: O álcool poderá, eventualmente, ser responsável pela formação de erosões agudas do estômago.
Associada à hipertensão da veia porta pode existir uma gastrite específica chamada gastropatia hipertensiva ou gastropatia congestiva.
No fígado    - Fígado gordo ( esteatose ) A esteatose ou depósito de gordura nas células do fígado pode ser um fenómeno normal que pode atingir cerca de 10% das células. Uma esteatose mais exuberante, com aumento do volume do fígado, pode estar associada ao álcool e a muitas outras situações das quais a obesidade é a mais frequente. A esteatose alcoólica não evolui para hepatite aguda alcoólica nem para cirrose alcoólica e desaparece após 3 meses de abstinência de álcool.
    Hepatite aguda alcoólica: o álcool é uma das causas de hepatite aguda. A hepatite aguda alcoólica tem mau prognóstico atingindo uma mortalidade elevada.. Os doentes que recuperam podem evoluir para cirrose se continuarem a beber.
    Cirrose alcoólica: O álcool e a hepatite C são as causas mais frequentes de cirrose em Portugal. As lesões provocadas no fígado que levam à cirrose são atribuídas a uma acção directa do álcool e o risco de se desenvolver uma doença do fígado está relacionado com uma quantidade de álcool diária superior a 60 gramas  para o homem e 40 gramas para a mulher. Para aparecer cirrose são necessários 5 - 10 anos de consumo, sendo o consumo diário mais agressivo que o consumo esporádico. Os mecanismos que levam ao aparecimento de lesões no fígado em algumas pessoas e não noutras são mal conhecidos. Poucos doentes que não deixam de beber sobrevivem mais de 5 anos depois do aparecimento da cirrose.
    Cancro do fígado: A cirrose alcoólica pode estar associada ao cancro do fígado, no entanto a hepatite  crónica Be a hepatite  cónica C são as causas mais frequentes do cancro do fígado a nível mundial.
No pâncreas:    Pancreatite aguda e crónica: a causa mais frequente de pancreatite aguda é a litíase da vesícula mas o álcool, é responsável por cerca de 5% das pancreatites agudas. O álcool é no entanto o principal responsável ( cerca de 70% ) pela pancreatite crónica e pela agudização destas pancreatites.
No intestino:    Síndrome de má-absorção: 

Onde pedir ajuda ?:
Ao nosso Médico de Família, no Hospital da nossa zona, no nosso Centro de Saúde.
 Na Internet: CRATO  Alcoólicos anónimos de Portugal Alcoólicos anónimos do Brasil  

fonte http://www.gastroalgarve.com

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