Segundo Mônica Elias Jorge, professora da Faculdade de Nutrição da Universidade de São Paulo (USP), não dá para falar em diferenças importantes no que diz respeito somente à questão proteica. Elas aparecem em outros aspectos, como quantidade e qualidade de gordura e outros nutrientes importantes, como ferro, vitaminas e sais minerais, necessários ao bom funcionamento do organismo. Além disso, é imprescindível saber a procedência desses alimentos .
Vantagens e qualidades
A carne bovina, por exemplo, é rica em ferro e em algumas vitaminas do complexo B. Por outro lado, é também considerada a mais rica em gordura dentre as três. “Especialmente a saturada, associada a um aumento do colesterol ruim (o LDL)”, afirma a nutricionista. No entanto, ela conta que retirar aquela gordura aparente de cortes ”gordos”, como a picanha, o contrafilé e a costela, ou optar por cortes mais magros do boi, como coxão mole e patinho, resolve boa parte do problema.
E ela vai além. “Um frango com pele provavelmente vai ter mais gordura do que um corte magro de carne”, ressalta. Agora, sem pele, ele realmente é mais magro que as carnes vermelhas e alguns peixes mais gordurosos.
Se o boi e o frango se igualam em certos aspectos, o peixe leva certa vantagem. Andrea Bottoni, diretor da equipe de nutrologia Funzionali, em São Paulo, lembra que alguns tipos de pescado, como o salmão, a sardinha, a cavala e o bacalhau são ricos em ômega 3, um tipo de ácido graxo que tem papel importante na diminuição do LDL e, conseqüentemente, atua na prevenção de doenças do coração e do sistema circulatório. O ômega 3 é o mais aplaudido dos ingredientes para preservar a atividade cerebral. Esse ácido graxo não só favorece o nascimento de neurônios como protege os já existentes. Ele se incorpora às membranas das células nervosas que formam os circuitos responsáveis por funções como a memória
O problema é que, em geral, o brasileiro come pouco peixe. “Pela composição diferenciada de sua gordura, é melhor comer peixe do que os outros tipos de carne”, afirma o nutrólogo. “Pelo menos uma vez por semana, todos deveriam ingerir esse tipo de proteína”, acrescenta a professora.
Fonte: Portal Vital
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