sábado, 19 de março de 2011

MILHO UMA COMIDA QUE FAZ BEM A SAÚDE





Se você é daqueles que só come milho em época de festa junina, saiba que está perdendo uma ótima oportunidade de melhorar a saúde.
O grão, que poderia ser incluído com mais ênfase no cardápio do brasileiro é rico em nutrientes que ajudam na prevenção de catarata, câncer e até mesmo de doenças cardiovasculares.
E, embora poucas pessoas conheçam a importância do alimento, que é cultivado nas ilhas do Golfo do México há mais de 7 mil anos, vale a pena incluí-lo no cardápio.
Pena que o Brasil ainda esteja longe disso.
O país é um dos maiores produtores de milho do continente, mas boa parte da safra é destinada à alimentação animal.
Segundo estimativas da Associação Brasileira das Indústrias do Milho (Abimilho), a nação produziu quase 41 milhões de toneladas do grão em 2007.
De acordo com a União Brasileira de Avicultura (UBA), menos de 15% deste total foi destinado ao consumo humano.
Além disso, normalmente o alimento chega aos consumidores de forma indireta, por meio da farinha de milho – opção para quem possui doença celíaca, pois não contém glúten.
Um dos motivos que justifica isso é a cultura alimentar brasileira: nas refeições, as pessoas preferem privilegiar outros tipos de grãos mais populares, como arroz e trigo (principalmente por meio do pão francês).
Deixá-lo de lado é abdicar de inúmeros nutrientes, como as vitaminas A e do complexo B. Elas, explica a nutricionista Eliana Cristina de Almeida, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), protegem o globo ocular e ajudam na digestão, respectivamente.
Além disso, o alimento também é rico em fibras, importantes para o bom funcionamento da flora intestinal.
Muitos povos do passado, aliás, já sabiam desses benefícios à saúde.
Tanto que, na Antigüidade, o grão fazia parte da alimentação de astecas, olmecas, maias e incas, na América Pré-Colombiana.
O próprio nome deriva de uma palavra de antigos idiomas, que significava “sustento da vida”.
Para se ter idéia, apenas 50 gramas de farinha de milho fornecem a mesma quantidade de proteínas que um pão francês com o mesmo peso, com a diferença de ter 33% a mais de calorias, ou seja, sustenta mais, porém, se consumido em excesso pode engordar.
Então, seja moderado: comer uma bandejinha de cereal matinal à base de milho de manhã já ajuda a manter a saúde mais equilibrada.

Jovem por mais tempoUm estudo elaborado pela Rede Nacional de Pesquisa do Envelhecimento da Espanha, que contou com a participação de pesquisadores do Instituto de Biotecnologia de Universidade de Granada, revelou: o consumo de milho, associado a cerejas, aveia e vinho tinto, retarda os efeitos da idade no organismo.
A razão é que esses alimentos têm um alto teor de melatonina, substância produzida em pequenas quantidades pelo corpo que tem propriedades antioxidantes e atrasa a degeneração neuronial.
Além disso, o grão também contribui para adiar os processos inflamatórios naturais do envelhecimento, portanto, ajuda a manter o corpo jovem por mais tempo.
Para se ter idéia, os primeiros sintomas de envelhecimento nos tecidos celulares começam a surgir após os 30 anos.
Nesta época, registra-se um aumento considerável na produção de radicais livres, compostos que afetam a saúde das células, deixando-as mais frágeis.
A melatonina, segundo os pesquisadores, pode neutralizar os efeitos dessas substâncias, aumentando a resistência da pele e também a longevidade.
Ponto para o milho: quem o consome diariamente pode permanecer jovem por mais tempo.
Mas lembre-se: o ideal é consultar um especialista para montar um cardápio nutricional mais adequado, pois o grão também pode engordar, se ingerido em excesso.
Uma curiosidade: o milho, quando estourado e transformado em pipoca, também é rico em nutrientes, pois a parte interna vira uma massa branca e crocante com muito amido e fibras.
O suco e o sorvete do grão também valem para nutrir e, no calor, refrescar a sede.
Cereal poderosoSegundo a American Dietetic Association (ADA), o grão possui na composição duas substâncias chamadas zeaxantina e luteína.
Pesquisas elaboradas pela entidade comprovaram que esses nutrientes, também encontrados na laranja, ajudam a prevenir problemas de catarata e degeneração macular.
O cereal, portanto, faz bem para os olhos.
Ainda assim, o principal benefício do alimento para a saúde está associado ao câncer.
“Esses compostos também controlam os riscos de desenvolvimento de tumores e doenças cardiovasculares, devido à atividade antioxidante”, revela Izilda.

Até a casca é boaSegundo a nutricionista Márcia Laura Cabrerizo, ao contrário do trigo e do arroz, que são refinados durante o processo de industrialização, o milho conserva a casca.
E isso é excelente, porque é nela que estão os maiores nutrientes do grão. Lá estão boa parte das fibras, substâncias essenciais para a eliminação de toxinas do corpo.
Elas também são importantes para “a manutenção do bom funcionamento do intestino, servindo como um remédio natural para combater a prisão de ventre”, explica Márcia.

Ideal para o dia-a diaBastante consumido em países como Estados Unidos e na Europa, o grão se encaixa bem no cardápio diário.
Pratos típicos são preparados com base na farinha de milho, como cuscuz, polenta, angu e mingau, por exemplo.
Ainda não está convencido?
O cereal contém boas quantidades de ferro, composto que atua na formação da hemoglobina, glóbulo vermelho que transporta o oxigênio para os pulmões.
E a lista de minerais não pára por aí: fósforo, potássio e zinco também estão presentes no milho.
“Por conter alto valor nutricional, deveria ser consumido com mais freqüência, mesmo em forma de farinha, pois é um excelente complemento alimentar”, conta a nutricionista Izilda Georgia Rossi.Ah, vale um aviso: evite o consumo de milho enlatado por conta do teor de sódio, um dos maiores vilões para o coração.

Fonte de referência:Revista Vida Natural e Equilíbrio

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